terça-feira, 19 de janeiro de 2010

…Consulte-se a Oposição…

…Consulte-se a oposição por que a isso a lei obriga, e a oposição (pelo menos parte dela) o exige.

Marca-se a data e prepara-se a reunião. A ordem de trabalhos é o Orçamento da Junta de Freguesia, o Plano Plurianual de Investimentos e o respectivo Plano de Actividades para 2010, documentos estes, que na sua apresentação denotavam muitas lacunas e outros, a própria inexistência.

Com os trabalhos de casa elaborados, o executivo apresentou também um documento descritivo das Grandes Opções para 2010, a linha mestra da sua gestão para o corrente ano.

Antes mesmo do inicio da leitura dos documentos, questiona-se se o convite para a reunião teria sido efectuado a toda a oposição ou se a consulta destes documentos seriam efectuados pelos Grupos parlamentares em separado (que a lei permite).

Responde o Sr. Presidente que a reunião seria para toda a oposição e mais elucida, após pedido de esclarecimento, que a restante oposição achou não ser relevante este encontro.

Defina-se por oposição todo e qualquer grupo parlamentar que não tenha assento no executivo.
E justifica-se que, a nossa democracia é representativa, e estes são os mecanismos que permitem a participação das minorias e o exercício da fiscalização na gestão da autarquia.

Mas parece que em muitos anos de gestão em maioria se ganharam alguns hábitos, de tão velhos, se querem transformar em quase leis. Nada mais errado para um grupo que entra de rompante, pela primeira vez, nesta andanças e que em nada confia no diz que diz.

Embora se pretenda criar o rótulo de mesquinhos, cegos e outros adjectivos bem menos abonatórios, nós estivemos lá e no final ficou a sensação de que as mensagens chegaram aos seus destinos, claro, de parte a parte:

- Construir pelo Olival.

E não será através da inércia!

Denota-se uma total subserviência á Autarquia Municipal, ao Estado Central e aos fundos por eles disponibilizados.

Falta, claro, planeamento a longo prazo, falta concertação dos grupos parlamentares e criar objectivos comuns, inalteráveis independentemente de quem ganha eleições, ganhando peso e aumentando a pressão no desejo da sua concretização.

E foi nesse sentido que estivemos reunidos 3 curtas horas em debate de algo não muito relevante (segundo oposição que não quer ser oposição).

Olival precisa rapidamente de criar estratégia a longo prazo, encontra-se ao nível de estruturas públicas, talvez de forma já irrecuperável, atrasada em relação a outras Freguesias.

Por exemplo:

- A escola? O exemplar em piores condições no nosso Município!
- O edifício da Junta? Recente, na aquisição, mas completamente ultrapassado!
- Esgotos? Fornece água a metade do Concelho e não se perspectiva a sua construção! Denunciado e muito bem, pelo actual Presidente do Edil.
-Vila? Será necessário criar as condições para que o seja, fora do papel, claro! Neste momento, esta será a Vila da vergonha de todos os Olivalenses! Sem excepção!

- Muitos mais haveria!

E o futuro? Não poderíamos também concertar uma política para o futuro? Com a consulta e participação da população? Mas estes são projectos a quinze, vinte anos, e claro, muito longe para muitas mentes!...

…consulte-se a oposição…

O Residente

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